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Hélio Gracie x Kimura, Uma Luta Histórica Que Marcou O Desenvolvimento Do Jiu Jitsu

Hélio Gracie x Kimura, Uma Luta Histórica Que Marcou O Desenvolvimento Do Jiu Jitsu

Hoje iremos te recordar essa luta histórica que marcou a trajetória do Jiu Jitsu e do esporte no Brasil! O duelo que aconteceu no gramado do Maracanã e levou mais de 40 mil expectadores serviu como parâmetro naquela época para grandeza que o Jiu Jitsu se tornaria nos dias de hoje.

A disputa foi entre o principal desenvolvedor e disseminador do jiu jitsu Brasileiro, Hélio Gracie e o maior judoca de todos os tempos, Masahiko Kimura. O japonês Masahiko Kimura era o atual campeão mundial de judô na categoria peso-pesado, pesando cerca de 85 kg e tinha 1,70 m de altura, enquanto Hélio Gracie pesava 60kg e tinha 1,75 m de altura.

Masahiko Kimura era o número um do Japão e veio ao Brasil para demonstrações de judô e Jiu Jitsu juntamente com dois companheiros lutadores (Kato e Yamagushi).

Hélio recebeu uma ligação de um jornalista, que estava entrevistando os lutadores, com as seguintes palavras: “Hélio, estão aqui comigo os campeões mundiais de Jiu Jitsu”. Hélio ficou perplexo com a notícia, e percebeu que esta era sua chance de medir seu Jiu Jitsu contra os melhores do mundo. Confiante em sua técnica desafiou Kimura, o maior e mais respeitado dos japoneses que inicialmente recusou o desafio, alegando:

“Na minha vitória sobre Hélio poderão alegar grande diferença de peso. Como tenho certeza que Kato vencerá com a mesma facilidade, acho melhor assim”, declarou aos jornais o campeão japonês, que garantiu que lutaria com Hélio, caso vencesse Kato, que pesava 75kg.

Foi marcada então uma luta contra Kato, um dos integrantes da caravana japonesa, a luta foi  foi marcada no Maracanã e a luta terminou empatada, então, uma segunda luta foi marcada no Pacaembu, na qual Hélio, desta vez, venceu a luta, finalizando o rival e deixando-o desacordado.

Ao ver a derrota de seu amigo, Kimura não teve outra alternativa a não ser desafiar Hélio Gracie no centro do gramado do estádio. O desafio foi aceito e marcado para o dia 23 de outubro de 1951.

Kimura, seguro de que venceria, declarou que, se a luta demorasse mais que três minutos, o Gracie poderia ser considerado o vencedor. Hélio respondeu que "um lutador nunca foge da arena. Kimura pode quebrar meus ossos, mas não vai quebrar minha moral. A um bom esportista não importa ganhar ou perder, mas lutar."

Hélio não tinha pretensão de derrotar Kimura, primeiro porque, como ele mesmo disse na época, havia uma diferença muito grande entre o Jiu Jitsu deles. Kimura era campeão mundial, treinara a vida inteira no Japão com os melhores praticantes daquela época e sob um regime atlético, enquanto Hélio aprendera seu Jiu Jitsu do irmão que aprendera por alguns anos com o Conde Koma. 

O segundo, era porque o objetivo de Hélio, em qualquer luta, nunca fora a vitória. Seu Jiu Jitsu era um método que havia refinado e desenvolvido para a defesa pessoal, e seu único objetivo era provar que através deste método ele não poderia ser derrotado, pouco importando se venceria ou não o adversário.

O combate

O clima para o combate era menos amistoso que o das lutas anteriores. O espetáculo levou milhares de pessoas ao Maracanã e contou com a presença do vice-presidente da república Café Filho, que fez questão de desejar boa sorte a Hélio Gracie.

Com mais de 1h30m de atraso, após diversas lutas preliminares, Masahiko Kimura subiu ao tablado montado no gramado do Maracanã, sendo vaiado pelos brasileiros e aplaudido pela colônia japonesa que morava no Rio de Janeiro e também pelos que vieram de São Paulo para prestigiar o campeão mundial. Dez minutos depois, Hélio Gracie apresentou-se para a luta debaixo de aplausos e flashes dos fotógrafos que se amontoavam ao redor da área de luta. Lado a lado, os dois lutadores deixavam evidente a disparidade física existente, e ficou claro que dificilmente o brasileiro sairia vitorioso da luta.

1º Round

Disposto a cumprir a promessa e vencer Hélio Gracie em menos de três minutos, Kimura partiu pra cima de Hélio. O japonês, dominando por cima, tentava finalizar a luta de todas as formas, mas Hélio se defendia e utilizava sua poderosa guarda para impedir que Kimura o finalizasse. Após os três minutos previstos por Kimura, a torcida japonesa já não sorria tanto, e o próprio lutador se mostrava cada vez mais empenhado em vencer a luta o quanto antes. Mesmo passando a guarda do brasileiro e montando sobre Hélio, Kimura não conseguiu a finalização no primeiro round. Após 10 minutos de luta, ao final do 1º round, o sorriso de Hélio contrastava com a falta de expressão do japonês.

"O golpe aplicado pelo japonês, ficou tão famoso que passou ser  chamado pelo nome do mesmo "Kimura", ao longo dos anos muitas pessoas tornaram-se especialistas nesse golpe, atualmente ninguém no mundo conhece tanto esse golpe quanto Robson Mau Mau!" 

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2º Round

Kimura começou o segundo round colocando Hélio pra baixo, e repetiu a derrubada aos cinco minutos de luta. A violência da queda fez Hélio perder a consciência, e foi nesse instante em que Kimura aplicou uma chave de braço indefensável que depois seria batizada com o seu nome. Com o golpe encaixado e sem qualquer possibilidade de escapar, Hélio se recusava a bater. Percebendo que o irmão teria o braço fraturado, e conhecendo a sua garra, que o impedia de desistir do combate, Carlos achou que poderia incapacitá-lo para sempre, decidindo então jogar a toalha para o irmão, que se negava a bater em sinal de desistência.

Uma derrota com sabor de vitória

“Pouco me importava, como brasileiro, ante 40 mil irmãos, ser vencido por um verdadeiro gigante - gigante no tamanho, na energia e na técnica. Um gigante que de forma alguma me daria a mais leve chance. Isso significava muito para a minha convicção, para o meu cartel e, por que não dizê-lo, para minha vaidade pessoal. Apesar de nitidamente derrotado no ringue, fui reconfortado pela imprensa e pelo público, porque todos haviam compreendido a minha intenção, o meu desejo de provar, com o meu possível massacre, a importância de pelejar sem esperança de vitória.” aquii

A luta entre Hélio e Kimura foi uma das mais emblemáticas, se não a mais emblemática da vida do Gracie. A derrota foi transformada em vitória moral, por ter enfrentado o invencível, e ter resistido ao impossível. O japonês, ao longo da vida, deu inúmeros depoimentos de enaltecimento ao rival, chamando-o sempre de "o homem que nunca desiste".

E se Helio tivesse treinado com Bruno Malfacine? 

Bruno Malfacine é considerado por muitos como o melhor lutador de Jiu Jitsu de todos os tempos, e ele é um peso GALO! Sim, Malfacine faz valer da premissa de que no Jiu Jitsu tamanho não é documento!

O casca grossa de pouco mais de 1,60m, e pesando em torno de 57 kilos, tem um histórico incrível com muitas vitórias contra outras feras e acumula 10 TÍTULOS MUNDIAIS! Imagine se Hélio tivesse treinado junto com essa fera para se preparar para o combate contra o gigante japonês? Será que dessa forma Helio teria derrotado Kimura? Bem... Isso nós não sabemos, mas sabemos que mesmo diante de qualquer grandalhão, Bruno assim com hélio não se intimida!

O melhor de tudo isso é que Malfacine juntamente com o BJJ Fanatics acaba de gravar um curso que irá te ensinar a vencer adversários de qualquer peso e tamanho!Esse curso é uma oportunidade única de aprender todas as conexões e transições que Bruno usa sempre para se mover entre suas guardas e ter um Jiu Jitsu tão eficiente e agressivo! 

COMO LUTAR CONTRA O ADVERSÁRIO MAIOR, MAIS FORTE E MAIS PESADO: GUARDA BY BRUNO MALFACINE (ACESSO ONLINE)

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