Jiu Jitsu E A Inclusão De Atletas Com Síndrome De Down
Não há nada mais bonito do que ver o Jiu Jitsu mudando vidas e promovendo a inclusão de várias pessoas. Não existem restrições para que uma pessoa possa treinar Jiu Jitsu e por isso a Arte Suave é uma das artes marciais mais fantásticas que existem. Uma vez que para se dar bem no esporte você só precisa pegar um kimono e treinar sempre.
E hoje é um dia mais que especial, neste dia 21 de Março é comemorado o dia internacional Da Síndrome De Down e claro que esses guerreiro e guerreiras merecem nossa homenagem, além do mais muitos atletas portadores da síndrome estão se rendendo a paixão pelo Jiu Jitsu.
Devido a falta de informação muitas pessoas acham que a síndrome de Down é uma doença mas na verdade ela é uma condição específica à pessoa. Para tentar explicar um pouco dessa condição vamos mergulhar um pouco no mundo da medicina. Isso ocorre quando há a presença de três cromossomos 21 em todas as células ou então pelo menos na maioria delas ou seja, as pessoas com síndrome de Down possuem um cromossomo, o que se torna um fator genético .Uma explicação mais aprofundada vamos deixar para os especialistas na área.
Como surgiu o dia internacional da síndrome de down?
A data foi proposta Organização da Nações Unidas, tornado-se esse dia internacional para comemorar e fortalecer a conscientização para inclusão das pessoas portadoras dessa síndrome.
Não pense que o dia 21 do 3 foi escolhido acidentalmente, a escolha do dia faz alusão aos 3 cromossomos 21, que é o que caracteriza o portador da síndrome.
Este dia tem a função de deixar as pessoas mais informadas sobre a condição da síndrome, muitos ainda tem preconceitos com os portadores da mesma e acham que eles não são capazes de se relacionar e ter desenvolvimento pessoa e profissional.
Como já dito acima a síndrome de Down não é um doença e sim uma condição específica, desta formas os portadores tem sim algumas particularidades físicas e mentais assim como cada ser humano tem a sua, mais isso em nada influencia na sua vida social ou pelo menos não deveria influenciar.
É claro que a condição genética tem suas especificidades, por exemplo, os portadores de down tem uma predisposição a ter problemas no coração, outras vezes problemas na fala e na visão, da mesma forma alguns apresentam atraso no desenvolvimento intelectual e também da fala, entre outros.
Mas isso não quer dizer que só eles estão propensos a isso, mas nada que não haja tratamentos. É impossível definir onde as pessoas que tem essa condição pode chegar. Por isso a importância da inclusão e respeito. Essas pessoas precisam ser estimuladas a terem metas, seguirem sonhos, estudar, aprender algo novo , trabalhar e assim sucessivamente, um cromossomo a mais não pode ser um barreira para seu desenvolvimento, afinal todos nós temos também nossas limitações e precisamos sempre estar dispostos a enfrentá-las.
E no Jiu Jitsu temos grandes exemplos que qualquer pessoas pode superar os obstáculos que a vida lhe proporcionar e chegar a lugares que nunca imaginou chegar e estar onde muitos queriam estar e não conseguiram. Esse é o caso de Diogo Lavigne.
Recentemente fizemos um post contando a história dessa fera de como superou as barreiras e se dedicou no Jiu Jitsu para chegar a tão almejada faixa preta. Diogo que é portador da síndrome de down se tornou faixa preta de Jiu Jitsu pelas mãos do seu mestre Rogério Gavazza, segundo os amigos Diogo é um dos caras mais dedicados e mais centrados da academia sempre disposto a aprender e superar a si mesmo.
“Estou visando futuro, pois tenho o desejo de dar aula de Jiu Jitsu. Fiquei muito, muito, muito feliz. Quero focar mais no esporte, dar aula e, assim, poder abrir uma academia de Jiu Jitsu”, disse Diogo.
Diogo não é o primeiro atleta com síndrome de down a conquistar a faixa preta na arte suave, Fabrício Galvão segundo os registros foi o primeiro atleta portador da síndrome a alcançar tal graduação dentro do Jiu Jitsu.
“Nunca vi nada parecido em mais de 50 anos de esporte. O Fabrício tem uma determinação muito grande e se dedica muito. Tanto que ele treina com pessoas normais. Fizemos consultas junto a Confederação Brasileira de Jiu Jitsu que nos informou que o Fabrício é o primeiro do mundo a conquistar a faixa preta.” disse seu mestre, Francisco Fernandes.
O mundo está evoluindo e as pessoas com down estão sendo cada vez mais valorizados em todas as áreas, ainda a muito para mudar porém o progresso é grande e temos certeza que daqui a algum tempo milhares de vidas serão mudadas com a inclusão dessas atletas no mundo da Arte Suave.
Inclusive no próximo fim de semana em comemoração a esta data tão especial ocorrerá o 1º Jiu-Jitsu Down Festival, organizado pela SJJSAF (Federação Sul americana de Sport Jiu-Jitsu) em conjunto com a Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude. Além de promover grandes lutas, terá brincadeiras, brindes e um aulão inclusivo. O principal objetivo do evento é conscientizar as pessoas e inspirar os portadores de down a conhecer e desfrutar de tudo de bom que a Arte Suave pode oferecer para sua vida.
Esse também é o objetivo do Jiu Jitsu mostras as pessoas do que elas são capazes independente de qualquer coisa, dentro do tatame quando colocamos um kimono somos todos iguais independente de cor, sexo, tamanho ou condição genética.
O Jiu Jitsu propicia coisas maravilhosas aos praticantes e também aos atletas que tem a síndrome de down. Quem é fanático pelo Jiu Jitsu assim como nós já esta cansado de saber o benefícios do Jiu Jitsu entre eles: adquirir consciência corporal,emagrecimento, defesa pessoal inclusão, auto confiança e muito mais.
O Jiu Jitsu é um esporte feito para que qualquer pessoa possa praticá-lo!!
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